Kingdom Hearts 3 mais um motivo para se adquirir um Console da nova geração

16/10/2013 23:22

Depois de muita espera, Kingdom Hearts III se tornou realidade. O game foi anunciado durante a última E3 para PlayStation 4 e Xbox One e marca o retorno de Sora, Donald e Pateta aos consoles e também sua estreia na nova geração. E para compensar o longo silêncio, a Square Enix trouxe os primeiros vídeos de jogabilidade, que empolgaram — e muito — os fãs do crossover.

E como se não bastasse a empolgação dos jogadores de rever o trio de protagonista enfrentando uma horda de Heartless em Twilight Town, a Sony Japão fez uma entrevista com o diretor do jogo, Tetsuya Nomura, que falou um pouco mais sobre aquilo que podemos esperar da sequência em termos de funcionalidades e recursos.

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Segundo ele, a principal novidade que os fãs vão notar é que os movimentos do protagonista foram melhorados, ficando bem mais fluidos. No entanto, ele relembra que, pelo fato de o jogo ainda estar em fase inicial de desenvolvimento, algumas ideias de como usar esse novo ritmo de combate ainda estão em discussão.

O diretor ainda diz que seu objetivo com Kingdom Hearts III é equilibrar os elementos de RPG com os de ação para criar algo capaz de agradar aos fãs dos dois gêneros. E o potencial do PS4 vai ser ideal para isso, já que ele oferece o poder necessário para trazer um cenário grande e repleto de inimigos — algo que pôde ser visto durante a revelação do game durante a última E3.

Personagens mais inteligentes

Mais do que isso, Nomura quer ampliar as possibilidades de interação de Sora com os demais personagens e os próprios inimigos. Ele explica que a melhoria na inteligência artificial é um ponto importante nesse caminho, principalmente ao fazer com que aliados e oponentes reajam às suas ações de maneira mais natural e menos uma simples resposta programada.

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O diretor compara o controle de Donald e Pateta com o dos coadjuvantes dos recentes Final Fantasy, ou seja, suas ações são baseadas em alguns parâmetros estabelecidos pelo jogador — algo não muito diferente do que os jogos anteriores ofereciam. A diferença é que, em Kingdom Hearts III, o poder da nova geração traz um leque maior de possibilidades no comportamento de cada um deles.

A ideia é que, apesar de o jogador indicar o que a dupla deve fazer, suas respostas serão reflexos de suas próprias personalidades. Os novos consoles têm poder o suficiente para que a Square Enix crie ações, movimentos e efeitos variados para cada tipo de situação.

O que esperar

O trailer liberado ontem não escapou das críticas dos fãs, que esperavam mais da parte visual do game — mesmo sabendo que ele ainda está em fase inicial de produção. No entanto, Tetsuya Nomura afirma que, por ser o primeiro jogo numerado da série a chegar à nova geração, os fãs poderão perceber muito bem o quanto os títulos evoluíram.

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A meta do estúdio na parte gráfica é fazer com que Kingdom Hearts III seja uma mescla da representação fotorrealista com o tom cartunesco característico da Disney. Resta apenas saber como essa dualidade vai ficar, principalmente em termos de desempenho durante as lutas contra múltiplos inimigos.

E depois do que foi mostrado no último vídeo, você deve estar se perguntado quais os mundos por onde o trio de heróis deve passar. Porém, o diretor foi evasivo em suas respostas e falou que não pode comentar sobre as áreas visitadas. Mas para não deixar os fãs na mão, ele contou que há muitos mundos inéditos inspirados nos filmes da Disney e outras regiões de locais já visitadas.

 

É o caso do universo de “Hércules”, que parece estar mais uma vez presente à trama. Desta vez, no entanto, o Coliseu e o Submundo dão lugar ao Tártaro, a prisão dos Titãs, onde é possível ver Sora enfrentando o Rock Titan.

 

O poder do PS4

Embora Kingdom Hearts III esteja planejado para chegar ao PlayStation 4 e Xbox One, era óbvio que a Sony iria focar a entrevista apenas em seu console. E um dos principais pontos da conversa foi exatamente a utilização do DualShock 4 e outros recursos exclusivos no game.

Tetsuya Nomura explica que, assim como em Final Fantasy XV, as funcionalidades presentes no novo jogo não estão totalmente definidas e que muitos elementos ainda estão sendo pensados e analisados pela equipe de criação da Square Enix. Exemplo disso é que podemos ter uma integração bem maior com tablets e o próprio PlayStation Vita — embora ele não explique exatamente como isso irá funcionar.

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Para o diretor, é importante adicionar tantos elementos quanto forem possíveis, contanto que isso não prejudique o resultado final. Segundo ele, apesar de o PS4 oferecer muitas possibilidades novas, ele também traz outras preocupações que precisam ser consideradas durante o desenvolvimento.

O que vem em seguida

Não é nenhuma novidade que Kingdom Hearts III não é o fim da série, mas a conclusão da saga de Master Xehanort iniciada há mais de 10 anos. Por isso, com a aproximação desse fechamento, surge a pergunta: o que vem depois?

E a resposta, como não poderia deixar de ser, é a incógnita. Nomura diz que não se trata de uma história unicamente sua e que, por ser algo também pertencente à Disney, ele não tem nada certo para uma possível sequência até o momento. Contudo, algumas ideias já estão surgindo e pode ser que elas ganhem forma em após o término do novo jogo.